domingo, 22 de maio de 2011

Sábado, o dia do nerd feliz

Como previamente postado aqui no blog, dia 21/05 seria mais uma data histórica. Não, não se trata do tão difamado fim do mundo - o que se revelou uma decepção para muita gente que tava torcendo para que tudo acabasse logo. Tratou-se, sim, de mais uma edição do Jogo Justo. desta vez, fui avisado previamente e programei-me para aproveitar. Não que seja, algo, "oh, meu deus, é algo imperdível, jogos quase de graça", mas 50% de desconto já é algo.

As lojas abrem as 10h da manhã, então botei o despertador para as 9h para ter o tempo necessário. Peguei o bus as 9h15m no centro e, voilà, 15 minutos depois eu estava entrando no shopping. Claro que minha mente insana já imaginou que o local estaria tomado de pessoas, que não teriam jogos suficientes para todos e que eu teria perdido meu tempo indo até lá (prazer, pessimista é meu nome do meio). O que aconteceu não foi nada disso, na frente da loja organizavam-se em uma fila, em torno de 13 pessoas. Quero dizer, 13 nerds de carteirinha. Nunca me senti tão normal. Um deles usava uma camiseta do Link (ok, confesso que resisti à vontade de vestir minha camiseta do Vendetta). O que eu mais achei curioso é que tinha um aparato, mesmo que pequeno, de seguranças em torno do local. Deve ter sido o trabalho mais fácil do mundo. O que poderia acontecer? Eles usarem sabres de luz para invadir a loja? Enfim, até tentei puxar assunto com o cara que estava na minha frente na fila, mas não obtive muito sucesso (normalmente eu não puxo conversa com ninguém, mas ali, tava me sentindo mais à vontade).

Chegou a hora: 10h. As portas foram abertas e um senhor surgiu com um bloco de papel na mão, distribuindo números. Ganhei a ficha 14 e já comecei a surtar, pensando que não teria jogos suficientes para todos, que eu sairia dali de mãos trêmulas e vazias. A fila demorava e meu nervosismo aumentava. Chegou a minha vez, dirigi-me até o balcão:

- Quero o Marvel VS Capcom 3.

- Sim, claro, é o penúltimo, preciso de um documento seu para preencher o cadastro.

Dei-lhe minha carteira de motorista e retirei meu cartão do banco para pagar. Ele viu e falou:

- Olha só, tem que ser em dinheiro.

Aaaaaaaah.

- Por favor, tu reserva para mim que eu vou até o caixa mais perto e já volto.

- Ok.

Sai voando baixo até o caixa eletrônico. Voltei rapidamente com a grana, entreguei-lhe e peguei o jogo. Abracei-o carinhosamente, embalei o no colo e acariciei-o e disse-lhe: você será meu filho favorito agora, chamarei-o de cabeça quadrada. Quando vi que toda loja olhava para mim, baixei a cabeça, guardei o jogo e retirei-me rapidamente.

Nunca um bus demorou tanto. Levei intermináveis 20 minutos para chegar em casa e poder saborear aquele momento. Ainda tive o sangue frio de tirar uma fotografia da minha criança antes de tirar de sua embalagem:


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