sábado, 7 de maio de 2011

A tirinha, a explicação e um breve histórico dos meus videogames










Esta tirinha é mais uma do site Linha do trem que costumo acompanhar de tempos em tempos. Lá tem materiais engraçados, às vezes relacionado com o mundo nerd (ou geek). Mandei esta tirinha para um grupo de amigos, porém, apenas uma pequena parcela entendeu e achou graça. Percebi que para pegar esta sacada precisaria de um level de nerdisse em videogames alto, lá perto do lvl 90 (numa escala de 1 a 100) e conseguir um sucesso decisivo nos dados.

Pensando nesta parcela população, resolvi elaborar uma explanação e, aproveitando o momento, um breve histórico de minha relação com os videogames (se você não quiser ler esta pequena história, pode ir direto para o sétimo parágrafo, onde está marcado em negrito, para ver a explicação da tirinha).

Nasci em 1980, na então era de início dos jogos eletrônicos. As casas de fliperama já existiam há algum tempo e tomavam grande parte da minha mirrada mesada. Foi em torno de 1987 que tive a oportunidade de ter um videogame em casa. Meu avô tinha um amigo que viajava seguido para Miami e de lá trazia coisas diferentes que nós, os índios, não estavam acostumados. Sentia-me como um morador da Ilha de Vera Cruz impressionado com os badulaques que os portugueses traziam. Sim, naquela época as coisas não vinham ainda do Paraguai, pois não existia tanta falsificação ainda. Enfim, foi através desse amigo que meu avô comprou um tal de Atari, o primeiro videogame que eu teria acesso. Era uma coisa meio bizarra, um aparelho que você conectava na TV, com dois controles, e consegui controlar formas básicas na tela: uma “bola” dentro de um labirinto seguida por “fantasmas”. Meu avô já tinha lá seus sessenta anos e ficou impressionado com aquilo. Eu, como toda criança, também.

Então, pouco tempo depois, minha avó me deu aquele videogame, pois meu avô passava muito tempo na frente da TV e aquilo estava estragando a chão da sala (ele fica nervoso com o jogo e arrastava os pés, esfregando-os no chão).

Ali começou minha história mesmo. Vieram algumas fitas, às quais joguei à exaustão. Adquiri algumas outras, alugava algumas também (sim, eu posso dizer que aluguei fitas de atari). Foi assim até o início da década de 90, quando surgiram os videogames de segunda geração, entre eles o Master System, que, comparado aos gráficos do atari, era uma revolução. Não pensava em outra coisa, eu tinha que ter um deles. Em 1991, meu pai, através de um esforço financeiro (ah, eu merecia, era estudioso e um bom filho), comprou o bendito. Lembro que ficava contando as horas no colégio para chegar em casa e jogar Castle of Ilusion, o primeiro jogo que veio com o videogame. Ok, talvez isso tenha prejudicado um pouco meu desempenho no colégio, mas nada que uma semana de castigo não resolvesse. Uma coisa bizarra: hoje ninguém imagina um negócio desses, mas naquela época, o Master System não tinha o botão de Pause no controle, ele era no console, ao lado do botão de Reset. Não imagina quantas vezes eu tinha que Pausar rapidamente e apertava o botão errado sem querer (Noooooooooooo).

Porém, logo lançaram os videogames de terceira geração, aqueles com 16 bits. Comprava as revistas de videogame (em especial a revista Videogame) e as lia de cabo a rabo. Ficava imaginando como seria jogar num console daqueles. Mas, como não tinha acesso a ele, a tentação não era tão grande. Ah, mas todo mundo tem ou um primo mais riquinho e chato, ou um vizinho assim. E o diabo do guri tinha o videogame. E um dos jogos era o famigerado Altered Beast.

E aqui vem a explicação da tirinha: os jogos do Mega Drive tinham gráficos e sons beeem melhores do que o do Master System. Porém, se comparados aos consoles de agora são verdadeiros lixo. Neste jogo em particular, o Altered Beast (pronunciávamos, na época, auterédi bésti), o som, analisando-o agora, era horrendo. A história era que a filha de Zeus, Atena, foi sequestrada por Neff e Zeus ressuscita um Centurião para resgatá-la (ei, Zeus é grego, centurião é romano... hum, agora que me dei conta disso). No início do jogo, aparecia Zeus ressuscitando o Centurião, dizendo a frase RAISE FROM YOUR GRAVE. Porém, como o som era horrendo, soava mais como RAIS FORNOGREI. Você começava o jogo fraquinho, porém, quando matava um lobo branco de duas cabeças (que eu achava que era um boi, na época) ele liberava uma esfera que se você pegasse, ia ficando mais fortes e uma voz dizia POWER UP, que, devido à magnitude do som, soava mais como ÃUER-Ã.

Aqui, segue um pouquinho do jogo para você dar uma viajada:

Em outro post, continuo minha saga dos videogames.

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